Desidratação no público idoso

As células do nosso corpo recebem fluídos constantemente, por meio da ingestão de líquidos e alimentos, e perdemos estes fluídos através da micção, sudorese e outras funções corporais. Porém quando o corpo perde este fluído mais do que absorve, consequentemete ocorre a desidratação, ou seja, o corpo não tem tanto líquido dentro das células e vasos sanguíneos como deveria.

Com o aumento da idade, o corpo perde sua capacidade de detectar a sede. Além disso, os idosos possuem menos controle da micção, o que os fazem urinar mais vezes durante o dia.

A desidratação é um processo silencioso, cujos sinais só aparecem quando a doença já está em estágio crítico, ocasionando sintomas como: confusão mental, queda da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos, angina (dor no peito) e coma.

Ao nascer, 90% do corpo do bebê são constituídos de água. Na adolescência, 70%. Na fase adulta, cai para 60%. E na terceira idade, que inicia-se após os 60 anos, o corpo tem pouco mais de 50% de água, o que faz parte do processo natural do envelhecimento. Estudos mostram que os idosos, mesmo desidratados, não sentem vontade de tomar água, pois seus mecanismos de equilíbrio interno não estão adequados.

De acordo com um artigo de revisão da Faculdade de Medicina da Universidade da Coimbra, em Portugal, a desidratação é o distúrbio hidroeletrolítico mais comum nos idosos e uma das causas mais freqüentes de internação entre os 65 e 75 anos.

Abaixo algumas das funções da água para nosso corpo:

  • – Regular a temperatura corporal;
  • – Lubrificar as juntas;
  • – Reduzir a pressão dos rins e fígado tirando os produtos que sobram;
  • – Ajudar a dissolver minerais e outros nutrientes para fazê-los acessíveis ao corpo;
  • – Evitar que as membranas sequem (olhos, boca, nariz);
  • – Protege os órgãos e tecidos;
  • – Ajudar a prevenir a constipação;
  • – Carregar nutrientes e oxigenação para as células.

Segundo as recomendações nutricionais da Dietary Reference Intakes (DRI), a ingestão diária de água deve ser no mínimo 30mL por kg de massa corporal em qualquer idade.

Mas para reverter esse quadro, abaixo estão algumas dicas importantes:

  • – Se você conviver com um idoso, incentive a ingestão de líquidos ao longo do dia, mesmo se ele não estiver com sede;
  • – Evite copos grandes e cheios. Prefira copos pequenos e com pouca quantidade, várias vezes ao dia;
  • – Mantenha as bebidas que eles mais gostam próximas, de preferência em copos inquebráveis fáceis de segurar e difíceis de virar;
  • – A oferta de alimentos ricos em líquidos como frutas aquosas (melancia, melão e laranja), sopas, picolés ou gelatinas.

Fernanda Cristina / Nutricionista CRN8 8477

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